data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Renan Mattos (Diário)
Em meio à queda do número de passageiros do transporte coletivo imposta pela pandemia, a prefeitura busca alternativas para não aumentar o preço da passagem de ônibus em Santa Maria. Na última sexta-feira, a Associação dos Transportadores Urbanos (ATU) pediu reajuste para R$ 4,70 - atualmente o valor cobrado é de R$ 4,20. Rapidamente, o prefeito Jorge Pozzobom (PSDB) afirmou que não iria conceder o aumento e que buscava alternativas para não repassar o custo à população.
Com isso, foi montado um grupo de trabalho, formado por membros da secretaria de Mobilidade Urbana, Procuradoria Geral do Município e gabinete do prefeito para apresentar a Pozzobom possíveis soluções para o impasse.
- Existe um grupo técnico que vai apresentar um pacote de sugestões e vamos fazer um debate interno. Acredito que, em menos de quinze dias, conseguimos ter tudo isso pronto - salienta Pozzobom, ao enfatizar que a prefeitura já realizou repasses para sanar custos das empresas durante a pandemia.
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A alternativa deve ser mais uma vez utilizada pelo Executivo. Segundo a ATU, durante o período de restrições em função da Covid-19, a prefeitura já subsidiou R$ 1,8 milhão para as empresas prestadoras do serviço na cidade.
- É o que eu estou esperando que eles digam. Não vai escapar do subsídio. Tem um custo a ser cumprido, uma conta a ser paga. Não quer que o usuário pague, alguém precisa pagar. Tudo subiu, pneu, combustíveis, tudo - relata o diretor da ATU, Edmilson Gabardo.
Segundo a prefeitura, o número de usuários diários do transporte coletivo caiu mais pela metade durante a pandemia, passando de 90 mil para 40 mil. A queda afeta diretamente a planilha em que é calculado o preço final da passagem. Quanto menor o número de usuários, maior fica a tarifa final. Em outros cálculos, o preço sugerido chegou a ficar acima dos R$ 6 para embarcar nos ônibus.
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Entretanto, com os recentes cortes do número de cobradores e de metade do salário dos diretores da ATU, o cálculo chegou aos atuais R$ 4,70. Segundo a ATU, uma cláusula do no contrato entre as empresas prestadoras do serviço e a prefeitura estabelece que a ATU pode cobrar do Executivo a diferença entre o valor apresentado na tabela e o que é cobrado do passageiro.
- Isso está na lei. Todo o contrato público deve ser mantido o equilíbrio econômico e financeiro entre as partes - conclui Gabardo.